28.6.05

Zé Touro e Roxa

Enquanto Zé Touro passava a semana na serra, nos garimpos de Lençóis, comendo o pão que o diabo amassou, Roxa, sua companheira, ficava na cidade, transando adoidado, com quem topasse, como se costuma dizer no interior, com gatos e cachorros, sendo, de há muito, do domínio público tal sem-vergonhice.

Um seu companheiro de garimpagem, revoltado, resolveu abrir-lhe os olhos e contou-lhe o que toda Lençóis sabia. Depois de ouvir pacientemente, o manso e compreensivo devoto de São Cornélio respondeu-lhe:

- Quem quer pra si só, faz de barro.

4 comentários:

Bródi "Tom" Negão" disse...

Homem sábio, o Zé Touro. Afinal, por que se aborrecer com detalhes tão desprezíveis. Bem fazia o conterrâneo em permitir que a sua senhôra se divertisse durante a sua ausência. Bom homem, bom homem. Bom e sábio, naturalmente.

Anônimo disse...

Não discuto a passividade do Zé Touro, porém, não posso deixar de dizer que ele é filho de Tanquinho localidade próxima. Lençóis não tem "touro" isso é típico de cidades vizinhas.

Anônimo disse...

O Zé Touro era um rapaz solidário.

Para que deixar uma ferramenta parada se um outro amigo poderia fazer algum trabalho com ela?

Melhor dividir um prato de morangos com os amigos do que comer um prato de merda sozinho, diria o nosso amigo Zé Touro.

Continue com os causos.

Parabéns!

Fred Barros, O Caralho de Asa.

Francisco Pimentel de Meirelles disse...

Aos caros visitantes o meu agradecimento.