Tião Paçoca, agricultor na zona rural do Distrito de Itajubaquara, tinha duas filhas: Rosa, a primogênita, fora, em outros tempos, uma mulata bonita, alegre e faceira, portadora de faróis e carroceria capazes de deixar qualquer lusitano maluco. Casou-se com Zé de Joana, e hoje, com oito filhos, fazendo todas as tarefas de casa e ainda ajudando o marido na roça, transformou-se numa velha antes do tempo, magérrima, tal qual o espantalho que tinham no roçado para afugentar os passarinhos ladrões. O velho Paçoca sofria com a transformação de Rosa e punha toda culpa em Zé de Joana, ou melhor, no seu apêndice infra-umbilical, famoso por suas dimensões anormais.
Pretinha, a caçulinha, ao contrário de Rosa, sempre fora magrinha, doentia, "UM FRASQUIM DE VRIDO", como a definia o pai. Ao conseguir o primeiro namorado, foi logo pensando em noivado e casamento; decorridos alguns meses de namoro, resolveram, ela e o pretendente, encarregar Rosa de sondar o velho Paçoca, para o tradicional pedido feito através de "MAL TRAÇADAS LINHAS". Ao saber quem era o pretendente, o velho, que era mulato, ficou branco, manifestando de imediato a sua reprovação, apresentando um monte de razões, não revelando, porém, a principal, ou melhor, a única, e continuou irredutível, sempre que lhe abordavam o assunto. Pretinha, a despeito da recusa do pai, não desistiu do seu bem amado, e tudo fazia pela realização do seu sonho: solicitava a intercessão de amigos, rogava a aprovação do velho aos prantos, até que certo dia Tião resolveu se abrir:
- Mia fia, desiste deste casamento, mire no espelho de sua irmã, veja o que restou daquele mulherão, daquele bundão. Casou, Zé de Joana lhe enfiou a "SELADA" sem pena e sem dó, hoje não tem carne na bunda que dê prá inchê um pastéis. O que será de tu, mia fia, um trenzim magrim que eu óio e num vejo onde iscondê uma pica, querendo casá logo cum quem? cum um irmão de Zé de Joana!!!
Pretinha, a caçulinha, ao contrário de Rosa, sempre fora magrinha, doentia, "UM FRASQUIM DE VRIDO", como a definia o pai. Ao conseguir o primeiro namorado, foi logo pensando em noivado e casamento; decorridos alguns meses de namoro, resolveram, ela e o pretendente, encarregar Rosa de sondar o velho Paçoca, para o tradicional pedido feito através de "MAL TRAÇADAS LINHAS". Ao saber quem era o pretendente, o velho, que era mulato, ficou branco, manifestando de imediato a sua reprovação, apresentando um monte de razões, não revelando, porém, a principal, ou melhor, a única, e continuou irredutível, sempre que lhe abordavam o assunto. Pretinha, a despeito da recusa do pai, não desistiu do seu bem amado, e tudo fazia pela realização do seu sonho: solicitava a intercessão de amigos, rogava a aprovação do velho aos prantos, até que certo dia Tião resolveu se abrir:
- Mia fia, desiste deste casamento, mire no espelho de sua irmã, veja o que restou daquele mulherão, daquele bundão. Casou, Zé de Joana lhe enfiou a "SELADA" sem pena e sem dó, hoje não tem carne na bunda que dê prá inchê um pastéis. O que será de tu, mia fia, um trenzim magrim que eu óio e num vejo onde iscondê uma pica, querendo casá logo cum quem? cum um irmão de Zé de Joana!!!